segunda-feira, 4 de outubro de 2010

As comemorações do Centenário da República em Arcos de Valdevez

As comemorações do dia 5 de Outubro inserem-se na programação do Concelho de Estado e contemplam no dia 4, a inauguração da exposição "Arcos de Valdevez e a República" e a exibição do documentário "Republicanos Arcoenses" e na terça-feira (5 de Outubro) as Cerimónias Protocolares de comemoração do Centenário da República, a romagem e deposição de coroa de flores, em homenagem aos republicanos arcoenses, no cemitério Municipal, e a inauguração da Avenida 5 de Outubro e da Rotunda da República, com representação escultórica de Amália Rodrigues e alocução de Armando Malheiro da Silva (Faculdade de Letras da UP), na EN202/Rotunda de Guilhadeses.

Programa:

DIA 4 (segunda-feira)
21h30 • Inauguração da exposição "Arcos de Valdevez e a República".
Local: Entrada principal da Casa das Artes.
Exibição do documentário "Republicanos Arcoenses", antecedido de alocução de Isabel Cluny (CHC/Universidade
Nova de Lisboa).

DIA 5 (terça-feira)
09h30 • Cerimónias Protocolares de Comemoração do Centenário da República.
Local: Praça Municipal.
Hastear das Bandeiras, com a participação dos Bombeiros Voluntários, Corpo Nacional de Escutas de Arcos de Valdevez
e Banda da Sociedade Musical Arcuense.


10h30 • Romagem e deposição de coroa de flores, em homenagem aos republicanos arcoenses.
Local: Cemitério Municipal - S. Bento


11h30 • Inauguração da Avenida 5 de Outubro e da Rotunda da República, com representação escultórica de Amália Rodrigues;
alocução de Armando Malheiro da Silva (Faculdade de Letras da UP).
Local: EN202/Rotunda de Guilhadeses.

domingo, 28 de fevereiro de 2010


DR. GERMANO AMORIM

Biografia


Germano Amorim (7 de Abril de 1880 - 12 de Janeiro de 1971) foi um jurista, jornalista e político português. Definia-se a si mesmo como republicano, laico e livre pensador.

Germano José de Amorim, conhecido por Germano Amorim, ou, Dr. Germano, nasceu na freguesia de Mazedo, Monção. Casou, no dia 11 de Setembro de 1909, com D. Joaquina Cândida Araújo Dias Amorim, natural da freguesia de Valadares (Monção), sendo uma das herdeiras da Casa da Amiosa da mesma freguesia do Concelho de Monção. Tiveram como filhos Bento Manuel de Araújo Amorim, Maria Albertina de Araújo Amorim Cerqueira, Virgínia Cândida de Araújo Amorim, Maria Júlia de Araújo Amorim de Sousa.[1]

Germano Amorim concluiu os seus estudos liceais em Guimarães. Viria a ser fundamental a ajuda do seu irmão, que era padre e residia naquela cidade exercendo lá o seu mister.

Licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra no ano de 1905. Durante esse período viria a dar os seus primeiros passos na actividade política que viria a revelar-se rica.

Simultaneamente continua a sua actividade política em Arcos de Valdevez iniciada nos meios intelectuais e revolucionários da época na cidade académica de Coimbra. O contacto com intelectuais e nomes de referência da época, foram-lhe aguçando o gosto pela res publica, não mais tendo deixado de cessar a sua activíssima vida política. Iniciado na maçonaria na Loja Pátria, do Grande Oriente Lusitano, em Coimbra e Carbonário. Em 1907, foi um dos mais importantes activistas da celebérrima Greve Académica de Coimbra em 1907. Em 1909 Viria a estabelecer-se em Arcos de Valdevez tendo inicialmente assumido as funções de Notário no Cartório Notarial de Arcos de Valdevez.

Seria porém no exercício da advocacia que viria a notabilizar-se, sendo unanimemente considerado um tribuno de excelência. Em 23 de Outubro de 1910 Germano Amorim, cria o Centro Republicano Teixeira de Queiroz, que seria o primeiro em Arcos de Valdevez, mas que nunca chegaria a ser oficializado, sendo por isso, a 14 de Janeiro de 1912, novamente por iniciativa de Germano Amorim, substituído pelo Centro Republicano Democrático Arcoense e este sim, viria a perdurar. A criação deste Centro tinha como principal fim propagar as ideias democráticas e manifestar a sua oposição ao Administrador então nomeado. De referir que Germano Amorim era membro do Partido Democrático, considerado mais progressista que outras facções republicanas. Pertenciam a este Centro Republicano prestigiosos nomes locais tais como Tomaz Norton de Matos (médico e irmão do General Norton de Matos que mais tarde viria a notabilizar-se na política nacional), António da Silva Dias, Manuel Pimenta, Albano Azevedo Amorim, Alfredo Brito Lima, Américo Esteves, entre muitos outros.

Em 1922 foi eleito deputado da nação pelo círculo eleitoral de Braga nas listas do Partido Democrático, tendo exercido essas funções até ao ano de 1925 entre a 6.ª e 7.ª legislaturas.

Exerceu as funções de Presidente e de Presidente da Comissão Executiva da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez. No exercício deste cargo notabilizou-se a instalação, decorria o ano de 1925, da luz eléctrica em Arcos de Valdevez.

Foi Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Arcos de Valdevez, sendo o responsável pela criação das famosas cédulas, com um valor monetário variável, para serem inutilizadas em prol da Santa da Misericórdia de Arcos de Valdevez e da sua benemérita obra.

Além do mais, viria a notabilizar-se ainda como jornalista. Foi director de cinco jornais nos quais se incluem os seguintes:

  • O Avante;
  • Alvorada do Vez;
  • O Vez (também viria ser dirigido por Germano Amorim, José Cândido Gomes e Narciso de Faria Lima);[2]
  • A Trombeta (do qual viriam ainda a ser directores Álvaro de Aguiam e Camilo José de Carvalho);[3]
  • A Voz do Minho (Foram ainda directores José de Sousa Guimarães, Celestino Pinto da Cunha e António Ramos).

Foi portanto quem maior número de jornais dirigiu durante o período de implantação da República em Arcos de Valdevez.

Além dos dados biográficos brevemente descritos e para aprofundar a sua exactidão, Germano Amorim notabilizou-se pelo seu enorme altruísmo e sentido de fraternidade para com os mais desfavorecidos, essencialmente na prática da sua profissão, por prestar os seus serviços causídicos pro bonum. Ajudou sempre quem mais necessitava e esteve sempre ao lado dos mais fracos que mereciam esse empenho.

Foi provavelmente a figura que mais se destacou em Arcos de Valdevez no período de implantação da República em Portugal.

As suas guerras com a facção distinta presidida por Sousa Guimarães, também conhecido por Dr. Guimarães, viriam a marcar a vida política local para sempre, constituindo alguns desses episódios autênticos actos de inspiração para o exercício dos cargos no poder local. Os dois viriam a compatibilizar-se no futuro contra o Estado Novo, contra Salazar, a 5 de Julho de 1931, através de uma aliança Republicano–Socialista, constituindo-se para tal efeito uma Grande Comissão constituída pelo Dr. Germano, Dr. Guimarães, Dr. Tomaz Norton de Matos, Caetano de Faria Lima, entre outros nomes notáveis da época que infelizmente também têm sido esquecidos da memória colectiva arcuense e nacional. Viria a aderir ao Partido Republicano Federal, que congregava as diferentes visões republicanas, principalmente com a união do Partido Democrático e do Partido Liberal Republicano.

Referências

  1. Geneall.pt. Germano José de Amorim (em português). Página visitada em 25 de janeiro de 2010.
  2. Publicações Periódicas Portuguesas. Página visitada em 25 de janeiro de 2010.
  3. Publicações Periódicas Portuguesas. Página visitada em 25 de janeiro de 2010.
Fonte - Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Germano_Jos%C3%A9_de_Amorim

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

GRUPO SPORT LISBOA / SPORT CLUB DE BENFICA
































A origem do nome e do Sport Lisboa e Benfica.

O Sport Lisboa e Grupo Sport de Benfica.
Enquanto que o Sport Lisboa era um clube de e para o futebol, sem outras preocupações, o Grupo Sport de Benfica era muito mais organizado, com um conjunto de excelentes dirigentes, que organizavam festivais e festas de elevado nível social, bem como praticavam atletismo (pedestrianismo) e ciclismo (velocipedia). Apesar de terem instrutor para o futebol não conseguiam formar equipas de modo a atreverem-se a participar em qualquer competição. Tinham uma boa Sede (Rua Sanches de Baena, n.º 4 – 1.º andar) e um excelente campo de jogos, na Quinta da Feiteira, para onde a LFA marcou o jogo Sport Lisboa-Internacional do Regional de 1907/08, em 24 de Novembro de 1907, que vencemos por 1-0.
A aproximação entre o Sport Lisboa e o Sport Benfica tornava-se inevitável, tal era a uipa de 1.ªcategoria com as alterações que estavam projectadas para a temporada seguinte, 1908/09, com os regressos de Henrique Costa, do Sporting CP, e de David José da Fonseca, do Football Cruz Negra, que nos haviam abandonado no Verão de 1907. O jogo terminou empatado a zero golos. No Verão de 1908 intensificaram-se os contactos entre os responsáveis dos dois clubes.

4 de Setembro, pelas 21 horas.
O Sport Lisboa faz-se representar na Reunião de Direcção do Sport Clube de Benfica por Félix Bermudes e Cosme Damião. Foi exposto aos delegados do Sport Lisboa as condições em que a Direcção do Sport Clube de Benfica dará o seu voto para a junção dos dois clubes, conforme o projecto aprovado em sessão de 2 de Setembro. O sr. Félix Bermudes concordou em parte com o projecto.

“Acha o nome muito grande e não concorda em que fique a equipe do Sport Club de Benfica, optando pela do Sport Lisboa, gloriosíssima, a única que teve a
honra de vencer o Carcavellos Club. Para nome do clube alvitra que se denomine: “Sport Lisboa e Benfica”, retirando a palavra club, que o Sport Lisboa não possui no seu nome. É este nome que mais convém aos dois clubes, pois que um é vulgarmente
conhecido por “Sport Lisboa” e o outro por “Sport
Benfica”.

Todos os presentes concordaram, felicitando-se para que cheguem a “bom fim” os trabalhos encetados pelas direcções dos dois clubes. Foram pois feitas alterações de pormenor ao projecto de junção dosdois clubes. A reunião termina pela meia-noite.

Félix Bermudes conseguiu com a sua participação evitar a fusão ou absorção do Grupo Sport Lisboa pelo Sport Club de Benfica, salvaguardando o nome, os equipamentos
e a tradição gloriosa do Clube, não permitindo a quebra da individualidade de cada um deles. Afinal toda a estrutura futebolística passava apenas de Belém para Benfica para dispor de um campo privativo, uma sede condigna e um excelente conjunto de
dirigentes, possibilitando a expansão, engrandecimento e eclectismo no Clube.

13 de Setembro.
Na Assembleia-Geral para aprovar a junção do Sport Lisboa e do Sport Clube de Benfica,são debatidas as bases (nove artigos) aprovadas pelas direcções dos dois Clubes para a sua junção, com destaque para quatro artigos: 2.º, 3.º, 7.º e 8.º.
A linha de continuidade. Estava alicerçada nas EQUIPAS e JOGADORES do 1.º, 2.º e 3.º “teams” que transitaram integralmente do Sport Lisboa, de uma época para outra, pelo facto do Sport Clube de Benfica nunca ter tido na sua curta história (1906/1908) qualquer equipa de futebol, não se inscrevendo em nenhuma competição, por isso nunca disputou qualquer jogo com o Sport Lisboa. Houve, também, continuidade nos CAPITÃES. Tal como o “ORIENTADOR” das equipas, Manuel Gourlade, que continuou a orientar as
três equipas, pois eram as mesmas em relação à época anterior.
Os TROFÉUS eram os do Sport Lisboa, o único que possuía taças. E principalmente continuaram os SÍMBOLOS que identificavam e individualizavam os clubes: a CAMISOLA VERMELHA, o EMBLEMA com base no escudo com as cores vermelha e branca, a ÁGUIA e a divisa “E PLURIBUS UNUM”. Cosme Damião e Félix Bermudes, as PRINCIPAIS FIGURAS do Sport Lisboa saídas da crise do Verão de 1907, continuaram a ser elementos fundamentais no Sport Lisboa e Benfica,chegando respectivamente a presidentes da Mesa
da Assembleia-Geral e da Direcção, para além de inúmeros cargos e iniciativas enquanto estiveram entre nós!

Futuro imediato.
Durante muito tempo, jornais, jogadores e público, continuaram a chamar Sport Lisboa ao SLB. A 18 de Agosto de 1913, o primeiro jornal do Clube denominou-se “O Sport Lisboa”. Só com o tempo o nome Benfica ganhou hábito, devido à importância do nome do bairro onde se localizava o campo de jogos, na designação dos clubes. Aliás, entre 1905 e 1908, muitas vezes nos jornais, nem aparece o nome Sport Lisboa, mas sim o de Grupo de Belém, o que ilustra a importância do nome dos bairros nos clubes dessas
épocas de antanho. O Clube comemorou sempre o aniversário tendo em conta a data de 1904, nalguns anos, com amplo destaque na Imprensa da época.

Conclusões.
Foi de grande sabedoria juntar as valorosas equipas do Sport Lisboa, bem como a organização do futebol, a tradição e a popularidade em Lisboa, a um clube que possuía um magnífico terreno alugado na Quinta da Feiteira, onde construíra um campo desportivo com todos os requisitos, na época, para a pratica do futebol, bem como boas instalações sociais – a Sede em Benfica – um conjunto de associados
numeroso e com prestígio económico e social, tal como um naipe valoroso de dirigentes.
É muito provável que se na actualidade ainda existimos, se somos grandiosos, se temos um historial impressionante no Futebol e no Desporto, se nos cobrimos de glória em Portugal, no futebol europeu e mundial, isto muito se deva a esta inteligente,
oportuna e determinante decisão tomada há 100 anos.

Síntese:
28-02-1904 - Fundação do SPORT LISBOA na Farmácia Franco, onde se procedeu à Escolha da Comissão Administrativa;
Escolha do local da Sede;
Estabelecimento do sistema da quotização: Contribuintes - 200 réis/mês e Protectores – 300 réis/mês.

13-09-1908-Junção do Grupo Sport Lisboa e do Sport Club de Benfica.


"Contra o Benfica, todos valem, ou fazem por valer, o dobro daquilo que efectivamente valem. É uma guerra santa."

Bela Guttmann

AVANTE, AVANTE P´LO BENFICA!!!



Félix Bermudes

AVANTE, AVANTE P´LO BENFICA!!!

Este sim é o verdadeiro hino do Benfica, o primeiro de todos, tendo sido o oficial durante várias décadas, cantado pelos jogadores do Benfica sempre que subiam ao relvado, sendo este mesmo hino, censurado pela ditadura.
É um Hino carregado de simbologia, força e paixão como a letra abaixo o demonstra.

Importa referir que, graças à ditadura, o Sport Lisboa e Benfica foi obrigado a deixar de usar este hino pela conotação comunista da palavra "avante"... e até a cor vermelha passou a encarnada...

O Grande Cosme Damião, um senhor que deu o nome ao Benfica (Sport Lisboa e Benfica), pediu a Félix Bermudes (um dos fundadores do Sport Lisboa e Benfica), que escrevesse um hino para o clube.

Félix Bermudes foi presidente do Sport Lisboa e Benfica em 1916-1917, 1930-1931 e 1945.
Impôs-se desde muito cedo, ao lado de Cosme Damião, primeiro como atleta e, mais tarde, como dirigente. Praticou futebol, atletismo, ténis, ciclismo, tiro, esgrima, hipismo e natação, e foi o homem de cultura, que deixou o nome ligado a um sem-número de peças teatrais, comédias e revistas.

Nos seus mandatos, o Benfica obteve três vitórias consecutivas no Campeonato de Lisboa (1915/16 a 1917/18) e, no último ano, em 1945, sagrou-se campeão nacional e resolveu o intrincado problema da sede da Rua Gomes Pereira, através da compra do edifício por 700 contos, a liquidar em 15 anos. Particularmente marcante terá sido a sua acção em 1906, quando, com Cosme Damião, evitou o desmoronamento do clube, contribuindo com dinheiro próprio para o efeito.

AVANTE, AVANTE P´LO BENFICA!!!

"Todos por um!" eis a divisa,
Do velho Clube Campeão,
Que um nobre esforço imortaliza,
Em gloriosa tradição.
Olhando altivo o seu passado,
Pode ter fé no seu futuro.
Pois conservou imaculado
Um ideal sincero e puro.

REFRÃO
Avante, avante p'lo Benfica,
Que uma aura triunfante Glorifica!
E vós, ó rapazes, com fogo sagrado,
Honrai agora os ases
Que nos honraram o passado!

Olhemos fitos essa Águia altiva,
Essa Águia heráldica e suprema,
Padrão da raça ardente e viva,
Erguendo ao alto o nosso emblema!
Com sacrifício e devoção
Com decisão serena e calma,
Dêmos-lhe o nosso coração!
Dêmos-lhe a fé, a alma!

REFRÃO

Avante, avante p'lo Benfica,
Que uma aura triunfante Glorifica!
E vós, ó rapazes, com fogo sagrado,
Honrai agora os ases
Que nos honraram o passado!


Actos e figuras que ficam na história e que jamais deverão ser esquecidos.

Benfica Sempre!!!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

DR. GERMANO AMORIM - REPUBLICANO, LAICO E LIVRE PENSADOR.


A história de Portugal escrita pela República vitoriosa e ensinada aos futuros cidadãos da nação portuguesa, deve de referênciar uma pessoa singular nascida em 1880, de seu nome Germano José de Amorim.

O Dr.Germano Amorim, deputado na Assembleia da República durante a 1ª República, Presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, dirigiu várias publicações, entre as quais jornais de referência a nível Nacional e Regional que muito contribuíram para a consolidação da República no País, para a cultura da Nossa Terra e da Nossa Região, "mandou" às instâncias do seu tempo instalar a luz eléctrica em Arcos de Valdevez, foi Provedor da Santa Casa e Jurista. Foi provavelmente a figura que mais se destacou em Arcos de Valdevez no período de implantação da República em Portugal.

Um Republicano Laico e Livre Pensador, que fazia com que a minha família dissesse quando dele se falava: - O Dr. Germano? Era um Santo!